A vida é oca. Ora aqui, ora ali preenchida por acontecimentos mais ou menos felizes, mas não deixa de ser oca.
Oca, cheia de um vazio como só ela. Às vezes vemos o nada tão nitidamente que custa, enquanto que outras algo nos obstrui a visão, cega-nos tão cegamente, que o nada transforma-se em tudo. Tudo o que sonhamos, tudo o queremos, tudo o que imaginamos, enfim, tudos cheios de nadas, carregados de ilusão.
Um tudo trazido pela felicidade, ou melhor, por um momento feliz, porque a felicidade essa é passageira. Passa tão rápido que quando nos damos conta dela, já fugiu para longe.
Vivemos continuamente numa montanha russa suspensa no nada a que chamamos vida. Tanto podemos estar no cimo, como podemos cair abruptamente para uma das carruagens mais baixas. Caímos, magoamo-nos, choramos, sofremos, mas a esperança que a roda continue a girar mantém-se
Quanto ao que fica em nós... Meros pontos no infinito que justificam o calendário da vida.
* Importam-se se fazer a roda girar?! Estou um tanto ao quanto farta de estar na fossa.
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1 comentário:
Só tu é que a podes girar.
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