domingo, 28 de fevereiro de 2010

odeio a sinceridade masculina

Eu: Ela tem andado um bocado mal disposta, reparaste?
A: Hum hum..
Eu: Sabes porquê?
A: Anda com falta, claro!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

um facto

"Não existem mulheres feias. Existem mulheres preguiçosas."

adapta-te por favor

Há pessoas que crescem connosco, que conhecemos desde sempre e pelas quais nutrimos um afecto sincero, mas que nos aborrecem. Têm uma conversa enfadonha, demasiado chata, retrógrada e de um nível de exigência tal que nos incomoda profundamente. Gosto destas pessoas por força do hábito ou porque gosto mesmo? Quando passo uma tarde com uma amiga de sempre e todas as conversas que temos acabam sempre no mesmo sítio, surge em mim uma certa tristeza por ser incapaz de compreender alguém que devia conhecer de olhos fechados. É como se eu pensasse que uma pessoa é de alguma forma e ela, sem aviso, tirasse a máscara e me desiludisse porque não tem nada a ver com o ideal que eu fazia dela. A capacidade de surpreender, de perguntar o inesperado é coisa que me leva a admirar alguém. Quero que me deixem encavacada, surpresa. E quando a excessiva organização se sobrepõe à vontade de fazer alguma coisa, a vida torna-se um frete. Pra que é que serve organizar os dias como se fossem um dossier com separadores? Vamos fazer tudo o que precisamos agora, cumprindo estritamente o apertado regulamento que a agenda diária dita e depois, quando formos velhinhos, vamos pensar: Agora que estou velho já não posso fazer o que realmente queria, porque perdi tempo com coisas fúteis, porque quis controlar os dias, em vez de deixar que eles me controlassem, porque quis ser perfeito. É a perfeição que te vai deixar feliz? Ou o gozo de ter gozado a vida da melhor forma, tirando dela o melhor. É o inesperado que pode trazer alguma coisa de bom. Quando me dizes: Hoje não posso, foi muito em cima da hora. Mas que raio! A hora tem forma, desde quando? Muito antes de haver horas, já existia vida. Fico chateada. Fula da vida, muito mais do que se me dissesses que não te apetecia. Irrita-me a ausência de capacidade para mudar os planos. A vida não é só um plano A, existem tantos outros planos B’s, C’s, D’s, quantos quiseres, basta quereres.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

nostalgia

Eu ainda sou do tempo :
em que todos os meninos acordavam cedo para ver os melhores desenhos animados;
em que se usava franja, não por moda, mas porque a mãe dizia;
em que as pessoas da faculdade eram muito velhas;
em que ter carta de condução representava ser adulto;
em que se jogava game boy e se brincava com polly pockets, nenuncos, barbies, carrinhos;
em que ir ao mac era algo mágico;
em que a feira popular era a feira popular;
em que nos intervalos se brincava à macaca e ao mamã dá licença;
em que um desenho todo rabiscado era o melhor presente de todos;
em que os ténis tinham luzinhas;
em que se viam grandes filmes da Disney em cassete, vezes sem conta, e se sabiam as músicas de cor;
em que as decisões importantes eram tomadas com um-dó-li-tá;
em que os meninos aprendiam flauta na escola e tocavam orgulhosamente o hino da alegria e as pombinhas;
em que se usava calças da resina;
em que nas visitas de estudo tinhamos de dar as mãos para não nos perderem de vista;
em que o Natal e o aniversário eram as datas mais importantes;
em que se montavam tendas em casa e se brincava às professoras;
em que se riscavam as paredes e não tinha mal;
em que se esfolavam o joelhos todos no recreio;
em que o ponto de encontro era na árvore das bolotas;
em que se jogava ao beijinho, beijão, estalada ou estaladão e ao verdade ou consequência;
em que se davam quedas de bicicleta;
em que o pequeno almoço era uma torrada sem codea e um garoto, no café central;
em que se dormia abraçado à mãe para ela não ir trabalhar no dia seguinte;
em que os melhores amigos eram também os únicos seres da nossa idade, que conhecíamos do primeiro dia de aulas.
Enfim, esta é a lista de recordações de uma infância feliz, recheada de coisas boas. Quero continuar a ser criança!

sábado, 20 de fevereiro de 2010

uma verdade

R: Como é que estão as coisas?
Eu: Na mesma. Porquê?
R: Eu já te avisei, andas a brincar com o fogo.
Eu: Eu não ando a brincar com nada.
R: Então é o fogo que anda a brincar contigo.
Eu: E o que queres que eu faça?
R: Enquanto ele não se decidir sobre com qual das cabeças pensa melhor, continuam na mesma.

É por estas e por outras que um amigo do sexo masculino dá conselhos certos. Objectivos. Sem dó, nem piedade. Vêm todos do mesmo saco, conhecem o semelhante e como até gostam de nós, vão-nos explicando um bocado desta estranha forma de pensar.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

feed back positivo

Vá-se lá saber porquê mas sofro de um mal, estranhíssimo por sinal. Quanto mais durmo, mas tenho necessidade de dormir. Se tiver de acordar de madrugada, acordo bem-disposta (mesmo que tenha a sensação de só ter passado pelas brasas); mas se por acaso posso acordar mais tarde (tipo 9horas) é um martírio. Agarro-me aos lençóis e aos cobertores e ai de alguém que me tente tirar do meu ninho! Ponho dois despertadores para as 9h e só acordo às 11h e meia. É certinho! E depois fico mal disposta, porque perdi a manhã toda a fazer uma coisa que vou poder fazer quando estiver morta. Quanto a mim, dormir demais faz mal! Faz mal ao humor, faz mal ao corpo, faz mal à agenda, faz mal ao dia, e faz mal ao fuso horário.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

à porta

Adoro quando o telefone toca e alguém pergunta:
-Quantos graus estão esta noite?
Respondo: Devem estar aproximadamente três.
-Se calhar é melhor vires ver.
Dá um aconchego na alma tão bom...

importância relativa

Ah, é verdade. Passou o dia dos namorados e hoje é carnaval. E eu ligo tanto a isso que quase me esqueço, não fosse um pretexto para não fazer nada!

três palavras: t. p. m.

Maldita tensãoprémenstrual! As estúpidas as hormonas dão cabo de mim. Num fim-de-semana consigo a proeza de discutir com três pessoas de quem gosto muito, por uma coisa sem jeito nenhum. A sensibilidade fica à flor da pele e pronto, disparo em todas as direcções, sem alvo nem seta. Qualquer coisa me irrita, tudo passa de um mero oito para um oitenta estupidamente grande. Sou injusta e fico triste por não aguentar as brincadeiras dos outros, que tantas vezes aguentei. Talvez seja cansaço de ter de lutar contra um complô, pensava eu, que saudável, mas que me vai gastando e que por vezes é cruel. O balão enche, enche, enche… E sem aviso rebenta. O estrondo é imenso e repentino, deixando tudo à volta atarantado, inclusivamente eu. Só mais tarde, quando vou à casa de banho, entendo. E agora? A culpa será das hormonas ou terei sido (in)justa?

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

passei passei passei!


E hoje ninguém me cala!


*imagem do deviant art

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

hoje é #1

"
Um dia vou-me apaixonar pela pessoa certa. Hoje é o dia.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

meu caro,


Deixaste-me um espaço vazio, difícil de ocupar, mas nem por isso mau. Nunca gostei de ti, muito menos te amei como querias, ou fingias querer. Nunca pensei que dizer um simples “gosto de ti” custasse tanto. Mas hoje percebo porquê. Porque quando amamos até vivemos bem sem dizer que amamos, mas quando se passa o contrário, o simples “gosto de ti” soa a postiço, a algo tão falso como uma peruca de carnaval. Enfim, fizeste parte do meu tempo e do meu espaço, à tua maneira tão diferente da minha. As incompatibilidades eram fortes mas nem por isso me impediram de tentar. Tentei. Caí. E voltei a tentar. Caí outra vez. Mas uma coisa é certa, não voltei a tentar. Hoje li um texto em que a autora, mulher é claro, dizia que por mais idealizado que seja o homem dos nossos sonhos, os que realmente aparecem não têm nada a ver com esse protótipo perfeito. Trata-se de uma entrega aleatória e, portanto, não há escolha. Queres aquele, mas é o outro que vem. Talvez por preferirmos estar mal acompanhadas em vez de sozinhas. O certo é que foste embora porque eu quis, e não me arrependo se queres saber. Sufocavas-me, as rosas cheiravam a uma mão cheia de nada, os sorrisos não tinham nada de genuíno, não me sentia acarinhada nem compreendida, a tua presença passou a ser forçada, acessória, prescindível e mais importante que tudo, não tinha orgulho em ti. Fica a breve lembrança, o traço ténue que aqui deixaste gravado. Só resta dizer, sê feliz! Sem mim, claro.

Sem mais de momento (nunca) tua,

DP

noite de fados

Como eu gosto dos meus queridos amigos. Especialmente quando me levam pelos caminhos mais insensatos. É preciso voluntários? Vamos todos. Mas o pior é que vamos mesmo! Como eu gosto dos meus queridos amigos. Fazem-me perder um sábado à noite em que poderia estar em casa a ler um livro aquecida pela lareira, como podia estar no Bairro a divertir-me. Como eu gosto dos meus queridos amigos. Obrigam-me a ouvir Faduxos a noite inteira (não é que eu não goste), mas cinco longas horas nisto parece-me demais. Como eu gosto dos meus queridos amigos. Fazem-me aprender a servir às mesas e aturar as resmunguices da mulher do padre. Como eu gosto dos meus queridos amigos, porque apesar de todos os fretes, é mais uma oportunidade para se estar junto daqueles que mais se gosta.


Vá, e não foi assim tão mau, até nos divertimos.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

sou feliz

Gosto tanto de ser criança. De ver na expressão das pessoas grandes a estranheza quando olham para mim, com um misto de inveja.e.não.sei.o.quê, mas que me sabe tão bem.

renovação

Já andava com saudades de escrever aqui uns rabiscos que ninguém lê. Fazer do blog um diário secreto, só meu. Faltavam apenas algumas alterações, um toque mais pessoal e voi lá, sinto-me em casa! O branco deixa-me mais à vontade para escrever sobre tudo o que penso e sinto. E pronto, hoje fica aberta uma nova etapa de mim.