Tenho o teu cheiro

Tenho o teu cheiro entranhado em mim. Sinto-o tão intensamente. Mais do que qualquer outro, mais do que o meu próprio cheiro. Suprimes a falta dos sentidos.

Características, temos pena.

Desculpa lá se eu não sou fácil, porque a minha definição de vencer reside em ultrapassar as dificuldades. Mas para isso é necessário que elas existam. A vida não é fácil, isso já sabias, já toda a gente sabe. O que tu não sabias é que essa é a explicação para muitos dos defeitos que me apontas. Defeitos para ti, porque para mim, não são mais que características.
Não me dou aos outros, porque também não espero que eles se dêm a mim. Não teria qualquer piada. Se ser calculista é não confiar integralmente nos outros; pensar com a razão, mais do que com o coração; calcular cada passo que se toma. Então sou calculista. A frieza é outro dos aspectos que destacas na minha personalidade. E talvez tenhas razão. Há coisas que só a mim dizem respeito, nomeadamente, os sentimentos. Desculpa mas não me sinto bem em expô-los. São só meus.

Esquece. Não peço desculpas por nada.

Não te pedi para gostares de mim. Gostas porque sou complicada, caso contrário, duvido que gostasses. Não me peças para mudar. Porque eu não mudo.

Retrato

T:
a unica coisa que eu n concordo com o teu feitio é que te escondes mt para ti.
tens de ser mais expansiva as vezes.
pensas demasiado no proximo passo a tomar.
e por vezes pensas tanto que acabas por nao tomar as decisoes mais acertadas.

D: ? sou calculista

T: n digo com isto que faças alguma coisa de mal
e por vezes pensas tanto que acabas por nao tomar as decisoes mais acertadas
pensas demasiado nas consequencias dos teu acto ou no que vai acontecer dps de tomares alguma atitude
e por vezes acabas por n fazer uma coisa qe queres pq es mt calculista
e dps acabas por te arrepender
estou errado?

D: mais-ou-menos
às vezes sim, outras não
não me costumo arrepender

T: se calhar sim se calhar n
isso ja n sei
eu digo isto pq sou exactamente igual
mas pronto
calculistas somos os dois
mais um ponto em comum

*conversa MSN

Às vezes enganamo-nos

Há pessoas importantes. Outras que nem tanto.

*pertences ao "tanto".

Conversas do Caraças, Pessoas do Catano

É bom ter alguém que nos faça frente, que implique connosco, que nos (des)respeite, respeitosamente. Alguém capaz de nos pôr os cabelos em pé, sem se esforçar muito. Alguém com quem consigamos passar horas e horas a discutir e achar piada. Rir para dentro e em conjunto. Gozar por tudo e por nada, ao mesmo tempo que se mandam dicas que deixam qualquer um KO. Qualquer um, menos tu. Dizes que gostas de discutir comigo porque eu dou pica, porque estou ao teu nível. Enfim, estamos ao mesmo nível. Porque apesar de tudo, de todas as divergências, somos distintamente iguais. Somos ambos orgulhosos, e por vezes incapazes de o reconhecer. Temos os dois um feitio da merda, que nos podia afastar, mas que nos une. Por uma única e simples razão, talvez a mais sublime: a admiração. Admiro-te e sei que tu também me admiras, mesmo que por vezes digas que não, quando deixas o orgulho falar mais alto.

Três razões para uma gaja odiar outra:

1. A gaja tem inveja da outra;
2. A gaja gosta do namorado da outra (ou vice-versa);
3. A outra é a maior vaca à face da Terra.


P.S. Encontro-me entre o segundo e o terceiro caso.

Porquês!

Porque o mundo é pequeno; porque um dia nos cruzamos por aí; porque os que vão, acabam por voltar; porque talvez nunca tenham ido; porque tu voltaste sem eu pedir; porque nunca te chegaste a ir embora; porque disseste adeus, quando na verdade não o sentiste; porque sempre ocupaste o mesmo espaço; porque sempre estiveste aqui; porque os que amamos estão sempre aqui; porque sempre foi; é; e será. Porque sim.

Tantos porquês. Tantos e tão poucos, que fazem a diferença. Que permitem que com um simples sorriso, eu fique bem, me sinta feliz, apenas por saber que existes, nem que seja no meu mundo. Aí existes. Sempre. Pertences-me.

Que fazes TU?!

«Olha para o mundo antes de começares a decorar em demasia as matérias da Física e da Química. (...) Ninguém se despede da geometria euclidiana ou do sistema periódico dos átomos a soluçar. Ninguém chora ao desligar a internet ou ao fechar a tabuada. As pessoas despedem-se do mundo, da vida e da aventura. E também de um número reduzido de pessoas de quem gostam muito.» in A Rapariga das Laranjas

"Aquele que não vive agora, nunca mais vive. Que fazes tu?" Piet Hein