terça-feira, 30 de março de 2010

falta




Só percebemos o quanto alguém nos é importante, quando está longe, ausente e incontactável. Queremos sempre o que não temos, não podemos ter, ou tivemos e deitámos fora. A rotina leva-nos, inconscientemente, a tomar como adquirido alguém, mesmo quando não o é. As coisas, as pessoas, as conversas e os locais são banais, e é sempre o extraordinário que nos espanta e arrebata o espírito, nunca a vulgaridade do quotidiano. Experimenta deixar de comer comida com sal, abdicar da tua cama por uns tempos, deixar de utilizar a casa de banho, ouvir as resmunguices da tua mãe ou parar de utilizar telemóvel. Agora imagina o mesmo, mas com pessoas. Vais ver que custa um bocadinho mais. Aprendes a dar valor ao que tens, e dás-te conta que afinal tens mais do que precisas, e que o que tens te é essencial para ir sendo feliz, mesmo sem saber.


Voltem seus desgraçados! Tenho cá umas saudades…

*imagem deviant art

2 comentários:

B. disse...

Adorei...

Esta na nossa natureza só percebermos quando já não temos!

=)

dp disse...

É bom quando ainda vamos a tempo =)